Você recebe a fatura do seu cartão de crédito, não tem condições de pagar o valor total e opta por pagar o mínimo ou alguma quantia menor do que o valor integral. Já passou por essa situação? Saiba que, nesse caso, você, automaticamente, está contratando o chamado crédito rotativo.
O que significa essa modalidade de crédito? Como funciona o crédito rotativo do cartão de crédito? Ele pode trazer prejuízos para o seu bolso? É sobre isso que vamos falar neste post. Acompanhe!
Índice
O que é o crédito rotativo?
Quando você paga qualquer quantia inferior ao valor total da sua fatura do cartão de crédito, o saldo restante entra na fatura seguinte, certo? Só que, no próximo mês, esse valor vem com o acréscimo de juros, já que é como se a instituição financeira estivesse te emprestando esse valor pendente.
A esse empréstimo dá-se o nome de crédito rotativo, uma modalidade de crédito muito comum no mercado financeiro, mas que precisa de alguns cuidados no uso.
Isso porque pagar o mínimo ou menos do que o valor integral da sua fatura não significa estar com as contas em dia. Ao optar por esse caminho, você, na verdade, está automaticamente assumindo uma nova dívida.
Isso significa que se não quitar o valor total da sua fatura do cartão de crédito, você não terá direito a pagar o mínimo da próxima fatura. Se esse for o caso, o banco ou a instituição responsável pela gestão do seu cartão é obrigado a transferir essa dívida para o crédito parcelado, que oferece condições de juros mais favoráveis.
O objetivo dessa medida foi reduzir os juros que os consumidores costumavam pagar no crédito rotativo, diminuindo, assim, o risco de superendividamento. E é importante dizer que esse novo crédito a ser oferecido é responsabilidade da instituição financeira.
Na sua fatura, você vai encontrar as opções de parcelamento e deve escolher a que melhor se adequa à sua realidade.
Por que tomar cuidado com o crédito rotativo?
O principal motivo é simples: o crédito rotativo tem os maiores juros do mercado. A taxa varia em cada instituição financeira e, em 2021, atingiu a média de 350% ao ano — o maior índice desde 2017.
Para te ajudar a entender o que isso significa, imagine que a sua fatura do cartão de crédito referente a janeiro de 2021 era de R$ 1.000 e você pagou apenas o valor mínimo, que era de R$ 200. O saldo restante de R$ 800 poderia ter se transformado em uma dívida de R$ 2.800 em dezembro, caso você não quitasse essa pendência ao longo do ano.
Devido a esses juros elevados, a dívida do crédito rotativo pode acabar pesando bastante no seu orçamento.
Não esqueça que o saldo que deixou sobrar na sua fatura deste mês não só virá na fatura do mês seguinte, como também será acrescido ao valor da próxima fatura — o que pode fazer com que quitar o valor integral seja ainda mais difícil para daqui a 30 dias.
O crédito rotativo é uma modalidade muito fácil de ser acessada por qualquer pessoa que tenha cartão de crédito. Por isso, pode ser tentador recorrer a ele diante de qualquer situação imprevista para a qual você não tenha uma reserva de emergência.
O crédito rotativo é uma má escolha, então? Não necessariamente. Mas, certamente, é importante sempre ter em mente outras opções que sejam vantajosas para sua saúde financeira.
Quais são as alternativas ao crédito rotativo?
Para o bem do seu bolso, o crédito rotativo deve ser usado apenas em situações emergenciais e quando você tem certeza que terá condições de quitar o valor total da fatura no próximo mês.
Se esse não for o caso e você estiver pensando em usar o crédito rotativo apenas para se livrar do aperto deste mês, talvez o melhor caminho seja buscar um crédito com condições mais favoráveis para quitar sua fatura.
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