Mesada educativa infantil e a educação financeira das crianças
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Ter uma boa relação com o dinheiro é algo que se constrói desde cedo. Isso fica mais claro quando percebemos a importância da mesada na relação dos pequenos com as finanças.
E, indo além nesse propósito, existe a mesada educativa infantil. Essa estratégia é muito mais ampla do que “dar dinheiro” para as crianças: ela ensina na prática o poder da consciência financeira.
Vem com a gente entender melhor sobre a mesada educativa infantil e como implementá-la na sua casa com as crianças!
Índice
O que é a mesada educativa infantil?
A mesada educativa é uma estratégia na qual os pais, tios, avós ou responsáveis dão uma quantia regular de dinheiro à criança com o objetivo não apenas de atender às suas necessidades básicas, mas também ensinar conceitos fundamentais de educação financeira.
Ao receber uma mesada, as crianças aprendem a gerenciar seu próprio dinheiro, a tomar decisões sobre gastos e a compreender a importância do planejamento financeiro.
Essa prática é crucial para a educação financeira de crianças e adolescentes por diversos motivos.
A mesada proporciona um ambiente controlado e seguro para que os jovens experimentem a gestão de recursos financeiros, permitindo que eles cometam erros sem consequências graves.
Além disso, ela ajuda a desenvolver habilidades como poupança, orçamento e diferenciação entre desejos e necessidades. Ao ter a responsabilidade de administrar uma quantia limitada, as crianças aprendem a valorizar o dinheiro, desenvolvendo hábitos financeiros saudáveis que podem perdurar ao longo da vida adulta.
De forma resumida, a mesada educativa é uma ferramenta importante para preparar as novas gerações para os desafios financeiros do mundo real.
Qual é a melhor idade para começar a dar a mesada?
Não há uma idade única considerada ideal para começar a dar mesada, pois isso pode variar conforme o desenvolvimento individual da criança e as circunstâncias familiares. Muitos especialistas sugerem que a introdução da mesada pode ocorrer por volta dos 6 a 8 anos de idade, quando a criança já tem uma compreensão básica de números e dinheiro.
É importante levar em conta o nível de maturidade da criança para entender alguns conceitos financeiros e também sua capacidade de tomar decisões responsáveis. Além disso, a mesada não deve ser apenas uma quantia dada sem propósito, mas sim uma oportunidade para ensinar educação financeira.
À medida que a criança cresce, os pais podem ajustar a mesada, aumentando gradualmente para refletir maior responsabilidade e exigir um planejamento financeiro mais avançado.
O ponto de sucesso da mesada educativa infantil é o diálogo aberto entre pais e filhos sobre dinheiro. Isso permite que os pais ofereçam orientação, respondam a perguntas e forneçam exemplos que ajudem as crianças a entender o valor do dinheiro e a importância de hábitos financeiros saudáveis.
Como estabelecer o valor da mesada educativa?
Assim como não há uma idade única para introduzir a mesada no dia a dia dos pequenos, também não há um valor único. Por isso, é preciso avaliar algumas coisas importantes para essa definição:
- Orçamento familiar: é fundamental equilibrar as necessidades da criança com as metas financeiras da família, evitando comprometer outras áreas do orçamento.
- Objetivos educacionais: seja poupar para determinado item desejado ou aprender a planejar gastos, os pais podem ajustar o valor da mesada com base nessas metas específicas, incentivando comportamentos financeiros saudáveis.
- Aumento gradual do valor: à medida que a criança amadurece e suas responsabilidades financeiras aumentam, é interessante reajustar o valor da mesada educativa.
- Participação ativa: por mais que a decisão seja dos pais, é essencial que os pequenos participem das decisões para entender como o dinheiro é ganho e gerenciado, promovendo uma compreensão mais ampla do contexto financeiro familiar.
Ao seguir essas dicas, fica mais fácil estabelecer uma mesada que não apenas atenda às necessidades práticas, mas também sirva como uma ferramenta educativa eficaz para desenvolver habilidades financeiras sólidas em seus filhos.
Qual deve ser a frequência da mesada: semanal, quinzenal ou mensal?
A frequência da mesada educativa pode variar de acordo com as preferências familiares e as necessidades específicas de cada situação.
As mesadas semanais podem ser apropriadas para crianças mais novas, pois proporcionam uma gestão financeira mais regular e imediata. Isso permite que a criança aprenda sobre a constância do dinheiro e desenvolva hábitos financeiros de curto prazo.
Uma mesada quinzenal pode ser uma boa opção para crianças mais velhas, que começam a ter um entendimento mais avançado do tempo e da gestão financeira. Isso proporciona um equilíbrio entre o período mais estendido, permitindo que a criança planeje seus gastos com um pouco mais de antecedência.
A mesada mensal pode ser apropriada para adolescentes que estão prestes a ingressar na vida adulta e precisam aprender a gerenciar suas finanças em um contexto de longo prazo. Isso incentiva uma visão mais abrangente da gestão financeira, envolvendo planejamento e economia ao longo de um período mais estendido.
E, como mencionamos anteriormente, é fundamental também considerar a realidade financeira da família para adequar a frequência da mesada educativa das crianças.
Dicas práticas para implementar a mesada
A mesada educativa infantil deve ser um processo prazeroso para os pais e especialmente para as crianças. É assim que a criança vai se sentir parte e querer ter um papel mais ativo quando o assunto é finanças.
Por isso, seguir algumas dicas práticas na hora de implementar esse costume é essencial.
- Estabeleça regras claras: antes de começar, explique as regras de como a mesada educativa infantil vai funcionar. Tire as dúvidas das crianças e, se possível, mantenha esse “combinado” sempre presente para as crianças não esquecerem.
- Gamificação da mesada: torne o momento de entrega da mesada em uma etapa de jogo. Com a criança, avalie como foram as despesas e lucros do último período e planeje como serão as finanças do próximo. Cada uma dessas questões pode gerar pontos.
- Acompanhamento: não deixe para falar sobre finanças somente na data da mesada educativa infantil. Aproveite a rotina diária, como ir ao supermercado e abastecer o carro, por exemplo, para mostrar o uso do dinheiro de forma prática.
- Use brinquedos e livros sobre o tema: incentive os pequenos a saber mais sobre educação financeira por meio de jogos, brinquedos e livros que abordam esse assunto. Quanto maior o contato, mais preparados eles estarão para construir um futuro financeiro saudável.
Além da mesada: a importância da educação financeira
Todas as dicas que compartilhamos até aqui só trarão bons resultados se o diálogo aberto e constante sobre dinheiro estiver presente no dia a dia da família.
Esses momentos de conversa são essenciais para abordar conceitos — ainda que bem básicos — sobre economia e investimentos. Isso contribuirá para que as crianças compreendam que a mesada educativa infantil é o primeiro passo para criar reservas de emergência e também iniciar pequenos investimentos.
Essa abordagem não apenas prepara os jovens para uma vida financeira mais estável, mas também os equipa com habilidades valiosas para tomar decisões sólidas e conscientes ao longo de suas vidas.
Preparando as crianças para um futuro financeiramente saudável
Com a mesada educativa infantil aliada a outros hábitos financeiros saudáveis, é muito fácil criar seres humanos conscientes sobre o uso do dinheiro. Tudo o que as crianças aprendem desde cedo tende a se tornar um hábito na sua vida.
É nosso papel, enquanto adultos, sermos mentores da nova geração: afinal, são as crianças que darão continuidade à história e escreverão novos capítulos. Então, se queremos que nossos filhos, sobrinhos, netos… tenham uma vida mais leve, tranquila e com liberdade financeira, cabe a nós prepará-los para esse futuro.
Cooperação com um futuro próspero
A mesada educativa infantil é um dos primeiros movimentos que levam a uma vida saudável quando o assunto são as finanças. Se bem estruturada e organizada, é uma iniciativa que renderá bons frutos ao longo de toda a vida.
A escolha da instituição financeira que acompanhará os pequenos é outra decisão que merece atenção e suporte por parte dos adultos. Mais do que questões sobre dinheiro, uma instituição financeira pode refletir os valores de vida.
Por isso, uma instituição financeira cooperativa, como a Cresol, faz toda a diferença. Além de atuar de forma consultiva com seus cooperados, ela também trabalha de forma proativa junto à comunidade onde está inserida.
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