DOC e TEC acabaram? Entenda o destino dessas transações
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Quando você precisa transferir dinheiro para outra pessoa, de que forma você faz isso? Mesmo sem te conhecer, não temos dúvidas de que há grandes chances de você ter respondido PIX. Esse é, de fato, o meio de pagamento favorito dos brasileiros e vem tirando a importância de outras transações como DOC e TEC.
Mas será que as antigas formas de transferência deixaram de existir? Isso é exatamente o que você vai descobrir neste artigo. Vamos te explicar o que foi feito com as tradicionais transações financeiras e trazer detalhes que mostram por que o PIX é o preferido dos consumidores.
Índice
O que é o DOC?
Apesar de o termo Documento de Ordem de Crédito ser desconhecido para muita gente, podemos apostar que você já fez um ou pelo menos já ouviu falar no DOC. Trata-se de um meio de transferência de dinheiro criado em 1985 pelo Banco Central e que permite transferências de até R$ 4.999,99.
O dinheiro transferido via DOC só cai na conta do destinatário no dia seguinte, caso a transferência seja feita até às 21h59. Se a transação for realizada após as 22h, o dinheiro vai demorar mais um dia útil para chegar para a pessoa de destino. Aqui, já fica claro por que o DOC perdeu a preferência para o PIX, não é mesmo?
E a TEC?
TEC é a sigla para Transferência Especial de Crédito, operação financeira por meio da qual empresas pagam benefícios a seus funcionários. Diferentemente do DOC, o dinheiro transferido cai na conta do destinatário no máximo até o fim do dia em que a ordem de pagamento foi dada.
TEC x TED
Atenção: apesar de serem siglas bastante parecidas, TEC e TED não são a mesma coisa. TED é a sigla para Transferência Eletrônica Disponível e, assim como o DOC, é um meio de transferência de dinheiro entre pessoas físicas e jurídicas.
Apesar de terem a mesma finalidade, TED e DOC se diferenciam em alguns fatores. Não há limites de valores para transferência via TED, por exemplo, e o dinheiro cai na conta do destinatário no mesmo dia da transação — desde que ela seja feita no horário de funcionamento da instituição.
Apesar de a TED parecer muito mais vantajosa do que o DOC, pode haver diferença na cobrança de taxas e, por isso, é fundamental consultar a instituição financeira.
Qual o destino dessas transações?
O destino do DOC e da TEC é, de fato, o fim. Os serviços de transferência deixarão de ser oferecidos pelas instituições financeiras a partir de 29 de fevereiro de 2024. A decisão sobre a descontinuidade das transações foi tomada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que afirma que os meios de pagamento perderam espaço para o PIX devido às diversas vantagens oferecidas por essa transação.
Apesar de o fim das transações ter sido anunciado para o final de fevereiro do próximo ano, é preciso ter atenção às regras. De acordo com a definição, pessoas físicas e jurídicas poderão realizar ou agendar transações via DOC e TEC apenas até as 23h do dia 15 de janeiro de 2024. O dia 29 de fevereiro é a data limite de agendamento, ou seja, o prazo máximo que o destinatário pode receber o dinheiro.
Depois dessa data, os serviços não serão mais oferecidos por instituições financeiras e você precisará escolher outra modalidade de transferência se quiser enviar dinheiro para alguma pessoa ou empresa. Vale dizer que a transação via PIX é imediata — o dinheiro cai na hora da conta do destinatário — e livre de taxas, o que torna essa a melhor opção na hora de transferir dinheiro.
E a TED?
Cuidado para não confundir as coisas. Apesar do fim do DOC e do TEC, não há previsão para a descontinuidade das transações via Transferência Eletrônica Direta (TED). Até que a Febraban tome alguma decisão nesse sentido, consumidores podem continuar utilizando a TED para transferir dinheiro para pessoas físicas ou jurídicas.
Pix é o favorito dos brasileiros
Se as inovações surgem para facilitar a vida das pessoas e substituir processos antigos e ultrapassados, podemos dizer que o PIX cumpriu sua missão. Para se ter uma ideia do sucesso do sistema, o PIX foi o meio de pagamento mais utilizado pelos consumidores brasileiros em 2022, superando, inclusive, as transações feitas com cartão de crédito.
A comparação entre o volume de transações via PIX e via DOC deixa claro por que esse último serviço será descontinuado. Enquanto o volume de transações via DOC no ano passado foi de 59 milhões, 24 bilhões de transações foram feitas via PIX, um número mais de 400 vezes maior. Até mesmo os quase desaparecidos cheques foram usados mais vezes do que o DOC (202,8 milhões).
O Pix foi lançado pelo Banco Central em novembro de 2020 e, em pouco tempo, caiu nas graças do brasileiro. Mais do que um serviço de transferência, como são o DOC e a TED, o PIX é um meio de pagamento instantâneo, que transfere dinheiro de uma conta para outra em, no máximo, dez segundos. E mais: o serviço pode ser utilizado a qualquer momento, sem limitação de horário.
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