Como investir dinheiro: tire suas dúvidas
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Poupar dinheiro é apenas o primeiro passo para construir patrimônio. Afinal, diante da inflação, o capital guardado pode perder valor de compra. É por isso que você também deve se informar sobre investimentos financeiros. Essas aplicações prometem retorno ao longo do tempo, mas devem ser escolhidas com cautela para minimizar os riscos.
Quer saber tudo sobre o assunto? Então siga conosco. Vamos explicar como funcionam os investimentos, qual é a diferença entre renda fixa e renda variável e, claro, como você pode se organizar para elaborar uma carteira que renda mais. Aproveite a leitura!
Índice
Como funciona um investimento financeiro?
O investimento financeiro funciona como um empréstimo monetário. Você basicamente compra títulos de uma empresa privada, um banco ou até mesmo o governo. Depois, a instituição usa esse capital para custear as próprias operações.
Em troca, ela oferece algum rendimento em dinheiro. Assim, a ideia é que o valor inicialmente investido fique mais alto depois de uns meses ou anos.
Liquidez
Cada tipo de investimento segue regras próprias. Portanto, o prazo de retorno pode variar. Essa é a chamada liquidez.
Por exemplo, a caderneta de poupança tem liquidez imediata. O dinheiro aplicado nela já pode ser sacado no dia seguinte. Em comparação, alguns títulos públicos têm baixa liquidez, pois o comprador só pode mexer no dinheiro após cinco anos.
Normalmente, quanto maior o tempo retido na aplicação, mais alto tende a ser o retorno do investimento financeiro. Ainda assim, nem sempre há garantia de que o negócio será rentável.
Diversificação
Vale lembrar que o mercado oscila bastante. Questões como a alta do dólar, a falta de insumos e o comportamento do consumidor podem impactar os resultados de um segmento da economia. Por essa razão, não dá para apostar tudo num único investimento.
Imagine, apenas para ilustrar, que você comprou letras de crédito do agronegócio (LCA). E aí veio uma seca forte, dizimando as lavouras. Como os produtores rurais tiveram prejuízo, sua aplicação provavelmente ficará no negativo.
Essa lógica se estende para outros produtos. Resumindo, toda operação financeira apresenta algum risco.
Desse modo, os especialistas sugerem diversificar a carteira. Trata-se de distribuir o dinheiro em diversas aplicações, de forma que o rendimento de alguns títulos cubra eventuais prejuízos dos demais.
Tipos de investimentos financeiros: o que é melhor para investir
Agora que você já entende a dinâmica básica dos investimentos, vamos a uma diferenciação muito importante: renda fixa X renda variável. A escolha por um desses modelos determina o grau tanto do risco quanto do retorno que sua aplicação poderá trazer. Perceba:
Renda fixa
Nos fundos de renda fixa, é como se você emprestasse o dinheiro a juros. Existe uma taxa, estabelecida logo no início da operação, que define quanto a grana vai render no período determinado.
Essa é uma forma de elevar a previsibilidade do retorno. Por exemplo, se você investe R$ 10 mil a uma taxa anual de 6%, sabe que terá R$ 10,6 mil no ano que vem.
Em função dessa estabilidade maior, as opções de renda fixa são consideradas conservadoras. A maioria delas tem baixo risco, mas com retorno igualmente modesto.
Renda variável
Já os papéis de renda variável se assemelham a uma participação numa sociedade. Quando você adquire ações de uma empresa, injeta capital nela com a esperança de obter um retorno alto.
Só que esse resultado depende da capacidade de valorização da marca. Isto é: o negócio precisa crescer, dar lucro e ganhar importância no mercado.
Como os empreendimentos nem sempre atendem às expectativas, é difícil prever quais ações vão se valorizar. Logo, as operações com renda variável são as mais arriscadas.
Em contrapartida, podem ser muito rentáveis. Vai que a companhia lucre milhões, não é mesmo? É o velho “quem não arrisca não petisca”: se você tem um perfil arrojado, pode correr um risco maior.
Como começar a investir: passo a passo
Até aqui já explicamos o que são os investimentos financeiros e como funciona o retorno do capital. Antes de encerrar, falta darmos umas dicas para você montar sua carteira. Acompanhe os passos abaixo e saiba o que fazer:
Pague suas dívidas
Não dá para pensar em construção de patrimônio quando você está inadimplente. Os boletos atrasados acumulam juros e corroem suas reservas.
Sendo assim, primeiro quite as dívidas atrasadas. Vale até negociar com os credores para obter desconto. Em seguida, ficará mais fácil juntar capital para aplicar nos produtos desejados.
Faça um planejamento financeiro
Verifique quanto dinheiro dá para guardar por mês. Se possível, estabeleça uma quantia fixa que será destinada às aplicações.
A planilha de gastos pode ajudar nesse sentido. Ao registrar todas as receitas e despesas do lar, você tem um controle maior da sua situação financeira.
Defina seu perfil de investidor
Existem investidores conservadores, moderados e arrojados. O perfil depende do risco que cada pessoa se dispõe a correr. Que tal fazer o teste?
Quem está iniciando costuma escolher investimentos conservadores. Isso porque eles mantêm o dinheiro protegido.
Agora, caso sua ideia seja ampliar bastante o patrimônio, uma parte do capital terá que ser usada em aplicações de risco. Elas podem dar prejuízo, mas também elevar bastante o rendimento.
Pesquise sobre os tipos de investimentos
Definido seu perfil, procure os produtos adequados. O ideal é trabalhar com pelo menos três tipos de investimentos.
No de curto prazo, você monta uma reserva de emergência. Pode usar a poupança ou outra opção com liquidez imediata.
O de médio prazo traz retorno em um ou dois anos. Serve para juntar a grana que vai realizar seus sonhos, como a casa própria ou aquela viagem que você quer planejar com calma.
O de longo prazo entrega retorno a partir de cinco anos (alguns têm validade de décadas!). Esse atua como complemento à aposentadoria.
Comece a investir
Uma vez decididos os investimentos que farão parte de sua carteira, só resta começar. Lembre-se: você não precisa ter muita grana, já que alguns títulos aceitam aportes a partir de R$ 30.
O melhor é manter o hábito constante de poupar e investir. Separando um pouquinho a cada mês, em breve você verá os primeiros resultados.
Tudo pronto para experimentar? Se você gostou das dicas, continue acompanhando as novidades sobre educação financeira aqui no blog. E se quiser conhecer as opções de investimento da Cresol, acesse nosso site.
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