Bolsa de valores: o que é e como investir
Se preferir, ouça a narração deste artigo:
A bolsa de valores é uma alternativa para quem está pensando em aplicar suas economias. Mas apesar de ser um ambiente seguro para as negociações de ativos e derivativos financeiros, muita gente ainda tem dúvidas na hora de realizar os investimentos.
Se esse é o seu caso, fique conosco e conheça todas as informações necessárias para começar a investir na bolsa de valores.
Índice
O que é a bolsa de valores?
A bolsa de valores é um espaço de negociação de ações de empresas de capital aberto (públicas ou privadas), títulos, commodities e outros ativos e derivativos financeiros.
Esse ambiente funciona como ponto de encontro entre quem deseja comprar ou vender papéis (como também são conhecidos esses ativos). Seu objetivo é garantir que as transações ocorram de maneira organizada, transparente e segura.
O processo de negociação entre investidores e tomadores de recursos acontece com a intermediação de corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários. Além da administração e custódia dos ativos, esses correspondentes podem oferecer plataformas de investimentos, consultoria financeira e outros serviços.
Atualmente, apenas 2% dos brasileiros investem em ações na bolsa de valores, segundo dados da Associação Brasileira dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A dica para quem deseja começar a fazer investimentos é buscar entender melhor o que são ações e como a bolsa funciona, como explicamos na sequência.
O que são as ações?
As ações correspondem a uma parcela do capital de uma empresa. Ao comprar um papel, o investidor se torna sócio do negócio, o que significa que ele poderá participar da divisão dos lucros, de acordo com a cota que possui, assim como ter que lidar com possíveis prejuízos que a companhia possa ter.
Existem diferentes tipos de ações. As mais conhecidas são as ordinárias (ON), que permitem ao investidor votar em assembleias gerais e receber os dividendos da empresa; e as preferenciais (PN), que não dão direito ao voto, mas asseguram que o acionista receba os rendimentos e outros valores primeiro.
A negociação de ações é uma forma de as empresas adquirirem verba para manter e expandir suas atividades. Quando a venda de papéis acontece pela primeira vez ao público em geral, temos o que é chamado de IPO – “initial public offering”, ou “oferta pública inicial”, em português. A companhia passa então a ser de capital aberto e ter suas ações negociadas na bolsa de valores.
A bolsa de valores no Brasil
A bolsa de valores brasileira é conhecida como B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), tem sede em São Paulo e está entre as 20 maiores do mundo. Ela tem origem nos anos 1800, mas sua composição atual é resultado da fusão realizada em 2017 entre a BM&F Bovespa e a Cetip, duas importantes organizações do mercado financeiro.
A B3 é responsável por criar e administrar os sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósito e registro de diferentes classes de ativos no país. A bolsa de valores brasileira também opera como contraparte central garantidora da maior parte das operações, o que ajuda a reduzir os riscos para os investidores.
Quem acompanha os noticiários, já deve ter escutado as expressões “a bolsa caiu”, a “bolsa está em alta”. Esse entendimento ocorre a partir dos índices, que representam o desempenho médio das principais empresas listadas na bolsa de valores. No país, a B3 integra alguns índices, como o Ibovespa, IBrX-50 e Itag.
Como a bolsa de valores funciona?
Todo o processo de negociação na bolsa começa quando a empresa abre seu capital com a oferta pública inicial (IPO), disponibilizando ações para investidores interessados.
As ações passam então a ser negociadas no chamado mercado primário, envolvendo diretamente a companhia que emite o título e os demais agentes financeiros.
Com as ofertas de compra e venda, é possível estabelecer a demanda por aquele ativo. Quanto maior o interesse, mais ele tende a se valorizar. O oposto também acontece: se a oferta é maior do que a procura, as ações podem perder valor.
Cada investidor interessado emite uma ordem de compra, indicando quanto está disposto a pagar. No momento em que a oferta é aceita, o negócio é fechado.
Existe, ainda, o chamado mercado secundário, que não envolve a empresa, apenas os investidores que buscam comprar ou vender ações.
As movimentações podem ser realizadas diretamente pelo investidor no home broker, ambiente virtual disponibilizado pelos bancos e corretoras no qual são registradas as ordens de compra e venda das ações. Ou, ainda, por profissionais licenciados na chamada mesa de operações.
É importante lembrar que as bolsas de valores funcionam em horário específico, geralmente durante a manhã e a tarde, com tempo dedicado à negociação de cada ativo.
Vale a pena investir na bolsa?
Agora que você já sabe o que é a bolsa de valores e como ela funciona, você deve estar se perguntando se vale a pena negociar ações e outros ativos por ali.
A resposta depende muito do perfil e do objetivo do investidor. Mas a bolsa proporciona uma série de vantagens que a coloca como uma opção interessante para quem está avaliando possibilidades de investimento.
A primeira é que ela é um ambiente democrático e seguro. Você não precisa ter muito dinheiro para negociar. Também tem segurança e transparência durante as operações.
Investir na bolsa de valores pode ser também uma boa opção para quem está procurando diversificar a carteira de investimentos, já que é possível negociar diferentes tipos de ativos além das ações de empresas, como Fundos de Investimento Imobiliários e Exchange Traded Funds (ETF).
Outro benefício é que você não precisa ir até São Paulo (nem mesmo sair de casa!) para fazer as negociações. É possível acompanhar as operações e realizar ofertas de compra e venda por meio do celular ou computador.
Os riscos das negociações não serem boas existem, é claro. Mas estão mais relacionados às variações do mercado e aos ativos do que ao modo como a bolsa de valores funciona.
Como investir na bolsa de valores?
Para investir, você precisa primeiro ter uma conta em uma corretora de valores ou outra instituição financeira autorizada a operar na bolsa. Depois, basta adicionar saldo para que o dinheiro possa ser usado na compra dos ativos.
A escolha e o gerenciamento dos papéis podem ser feitos pelo próprio investidor no home broker, plataforma disponibilizada pela instituição financeira que irá intermediar a negociação. Ainda, é possível solicitar que os bancos ou corretoras façam a negociação por você. Em ambos os casos, os intermediários podem cobrar taxas e outros valores pelo atendimento.
Mas antes de realizar ordens de compra e venda, é importante estar bem informado sobre o mercado e conhecer o seu perfil de investidor.
Cinco dicas para quem quer começar a investir na bolsa
Como vimos, a bolsa de valores pode ser uma boa opção para quem tem uma graninha sobrando e está em busca de mais alternativas de investimento. Para ter sucesso nas negociações, é fundamental ter algumas informações e definições em mente, como seus objetivos e quem irá fazer a intermediação por você.
Continue a leitura e acompanhe essas e outras sugestões para começar a investir na bolsa de valores.
Organize o seu dinheiro
Ter as finanças em ordem é o primeiro passo para quem deseja comprar ações, títulos e outros ativos na bolsa. Com organização, você consegue entender a situação real da sua renda para planejar quanto pode investir sem prejudicar o orçamento.
Conheça o seu perfil
Cada tipo de investimento envolve riscos e retornos diferentes. Aplicações de renda variável, como as ações, costumam ter maior potencial de rentabilidade, mas também podem mudar o saldo rapidamente. Por isso, é importante saber qual é o seu perfil de investidor para que você sinta tranquilidade ao realizar as negociações.
Estude sobre o mercado financeiro
Compreender como o mercado funciona, assim como saber quais são os tipos de investimento realizados na bolsa de valores, garante maior segurança na hora de começar a comprar e vender ações.
A orientação é buscar conhecimento sobre esses temas com fontes confiáveis, como a sua instituição financeira e profissionais especialistas na área.
Escolha uma instituição financeira
Os investimentos na bolsa são intermediados por corretoras de valores e outros agentes autorizados. Logo, é fundamental que você escolha um profissional ou instituição que possua experiência e ofereça orientações confiáveis. Também é preciso considerar a taxa de corretagem e demais encargos cobrados por eles.
Defina seus objetivos e estratégias
Antes de investir na bolsa é preciso definir quais são seus objetivos: ter dinheiro para realizar projetos pessoais, abrir uma empresa, garantir rendimento para a grana que sobra todo mês… A partir disso fica mais fácil escolher as estratégias que permitirão que você alcance as metas conforme as suas expectativas.
Invista com a Cresol
Investir na bolsa de valores pode ser uma maneira de ampliar a sua carteira de aplicações financeiras e ter novas fontes de renda.
Além de ações, títulos e outros ativos negociados na bolsa, que tal aproveitar para conhecer também as opções de investimento da Cresol? Você pode optar entre cota capital, RDC e outras alternativas que garantem segurança, rentabilidade e prosperidade.
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