Leia o resumo do primeiro ano da Guerra entre Rússia e Ucrânia
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O conflito entre Ucrânia e Rússia já dura mais de um ano. Sem previsão de término, a guerra entre os dois países provocou diversas consequências econômicas e geopolíticas para o mundo todo, inclusive o Brasil. Quer entender melhor o assunto? Continue conosco e confira o resumo que preparamos.
Índice
Entendendo as origens e o motivo da Guerra entre Ucrânia e Rússia
O marco inicial da guerra entre Ucrânia e Rússia ocorreu no dia 24 de fevereiro de 2022, com a invasão russa ao território ucraniano. Por meio de ataques terrestres e aéreos, a Rússia deu início ao que chamou de “operação militar especial”.
As tensões entre os dois países, no entanto, vêm de longa data. Desde a sua independência na década de 1990, a Ucrânia busca aproximações com nações ocidentais, como a entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar formada por 30 países.
Esses movimentos descontentaram a Rússia. Em 2014, o país já havia invadido a Crimeia, península no Sul da Ucrânia, com o objetivo de anexá-la ao seu território. A área tem posicionamento estratégico, tanto para o comércio quanto para as atividades militares.
Em 2022, o avanço da Otan no Leste europeu foi usado como justificativa para um novo ataque russo, que acabou culminando no conflito que dura até hoje. Segundo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a presença da aliança na região se caracteriza como um risco à segurança de seu país.
Em contrapartida, os ucranianos acreditam que a guerra está sendo usada pelos russos como uma forma de restabelecer a zona de controle e influência que a antiga União Soviética exercia na região.
Como estão os dois países após um ano de guerra
Mais de um ano se passou e ainda não há previsão para o término da guerra entre Ucrânia e Rússia. Embora o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tenha afirmado que fará o possível para o fim do conflito em 2023, análises indicam que os confrontos devem se estender por mais alguns meses ou até anos.
Inúmeras batalhas foram travadas desde fevereiro de 2022, deixando mortes e destruição pelo caminho. A estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgada em abril, é de que 8.500 civis perderam a vida e outros 14 mil ficaram feridos na guerra.
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) calcula que cerca de 8,1 milhões de ucranianos buscaram refúgio em outros países da Europa. O Banco Mundial também avalia que serão necessários US$ 411 bilhões para reconstruir a Ucrânia após a invasão russa.
Além de violência e destruição, a guerra provocou consequências para a economia local e global. A Rússia era uma das principais fornecedoras mundiais de gás e petróleo até o início do conflito. Descontentes com a invasão, diversas nações aplicaram sanções contra o país, obrigando os russos a encontrarem novos parceiros para seus negócios.
Com o corte nas relações comerciais com a Rússia, a demanda mundial por petróleo e gás aumentou, o que fez os preços aumentarem. O resultado foi o impacto direto no bolso da população, especialmente os residentes da Europa, que tiveram que gastar mais com esses itens e perderam poder de compra em função da alta na inflação.
Outra mudança que aconteceu ao longo do primeiro ano de guerra foi a formalização do pedido da Ucrânia para a entrada na Otan. No entanto, os representantes da organização projetam que isso acontecerá apenas a longo prazo.
O cenário atual evidencia que a Rússia já não controla o território ucraniano como no início do conflito. Com a resistência e os contra-ataques da Ucrânia, a disputa segue envolvendo a busca pela retomada (ou conquista) do domínio de áreas estratégicas para os dois países.
Quais os impactos da guerra no Brasil?
A guerra entre Ucrânia e Rússia afetou diversas nações, inclusive o Brasil. Aqui no país, os efeitos do conflito foram sentidos tanto na geopolítica como na economia.
Um dos desafios do governo brasileiro, vem sendo o exercício da diplomacia para manter boas relações com ambos os países, uma vez que a Rússia é uma importante exportadora de produtos usados no país, como os fertilizantes.
Em relação à economia, diversas nações decidiram cortar relações comerciais com a Rússia como resposta aos ataques realizados contra a Ucrânia. Um dos movimentos envolveu a interrupção da compra do gás e petróleo russos. O resultado foi que esses itens se tornaram mais caros e escassos, elevando o preço dos combustíveis e da energia até nas terras brasileiras.
Esse aumento provocou um efeito cascata: o Banco Central aumentou a taxa de juros para conter a inflação, o que acabou impactando no poder de compra dos brasileiros. O governo federal também aplicou isenção de tributos para tentar reduzir o valor da energia e dos combustíveis, resultando em menor arrecadação de impostos.
A guerra entre Ucrânia e Rússia também teve reflexos no agronegócio brasileiro. O custo da produção cresceu exponencialmente devido ao acréscimo no valor dos fertilizantes e do combustível.
Ao mesmo tempo, os produtores tiveram algumas vantagens em função das movimentações no mercado internacional. Isso porque o preço de commodities agrícolas, como trigo e milho, valorizou, melhorando os resultados financeiros.
A guerra entre Ucrânia e Rússia: perspectivas
Como vimos, ainda não há previsão para o término do conflito entre Ucrânia e Rússia. Apesar disso, os altos custos financeiros e humanos da guerra podem influenciar no seu desfecho e duração.
Os dois países se preparam agora para uma grande ofensiva na primavera (outono, no hemisfério Sul). Novos soldados estão sendo recrutados e as forças se organizam para ocupar regiões estratégicas de defesa e ataque.
Alguns analistas avaliam que a Ucrânia deve reconquistar grande parte do seu território ainda este ano. A determinação e a resistência dos ucranianos, assim como o envio de armamento pela Otan, são dois fatores que devem ajudar na batalha contra a Rússia.
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Esperamos que este resumo da guerra entre Rússia e Ucrânia seja útil para você! Continue acompanhando o blog da Cresol e nossas redes sociais para se manter informado sobre a economia no Brasil e no mundo. Até a próxima!
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