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Juros simples e juros compostos: você sabe a diferença?

Tempo de Leitura: 4 minutos

Entender a diferença entre juros simples e juros compostos pode melhorar bastante a sua vida financeira. Está certo que tanta matemática às vezes assusta, mas esses conceitos são essenciais. Eles orientam vários tipos de operações monetárias, do financiamento da casa ao investimento em aplicações.

Ou seja: sabendo qual tipo de juros incide sobre o valor, você consegue se planejar, pois entende quanto uma dívida vai custar ou qual será o retorno de seus investimentos no longo prazo. A seguir, vamos explicar todos os detalhes sobre esse assunto. Fique conosco!

O que são juros?

Primeiro, precisamos explicar a questão mais básica: o que são juros e para que eles servem. Em linhas gerais, esses são os valores que alguém paga a mais numa situação que envolva crédito.

Por exemplo, digamos que você pegou um dinheiro emprestado no banco e combinou de ressarcir esse montante em dez vezes. Porém, uma das parcelas está atrasada.

Nesse caso, a instituição credora vai cobrar juros. A quantia a mais funciona como uma compensação pelo prejuízo. Afinal de contas, o banco contava com o pagamento na data marcada, mas não recebeu a grana.

A mesma lógica se aplica a financiamentos e compras a prazo. É por isso que as operadoras costumam embutir juros nas prestações do cartão de crédito.

No entanto, nem sempre a incidência dos juros sobre um valor inicial é ruim. Quando pensamos numa aplicação financeira, são eles que fazem seu dinheiro render ao longo do tempo. Isso porque, na prática, os investimentos também são empréstimos, só que ao contrário.

Ao alocar recursos num CDB, RDC ou outro fundo de renda fixa, é você que empresta dinheiro para a instituição financeira. Então, a empresa utiliza o montante por um tempo, devolvendo-o com o acréscimo de juros proporcionais ao período. Essas cifras a mais correspondem ao seu rendimento.

Juros simples e juros compostos

Até aqui foi tranquilo, né? Agora que já entendemos o que são os juros, vamos ao próximo passo. É hora de diferenciar juros simples e juros compostos, também chamados de “juros sobre juros”. Vamos lá?

Juros simples

Os juros simples são calculados a partir do valor inicial da dívida. Assim fica mais fácil projetar as quantias futuras.

Por exemplo, digamos que você tomou um empréstimo de R$ 10 mil com juros simples de 12% ao ano. Desse modo, serão R$ 1,2 mil a mais ao término de cada ciclo.

Se o pagamento durar três anos, basta multiplicar os juros por três. Portanto, serão juros de R$ 3,6 mil sobre a quantia inicial de R$ 10 mil. Ao fim dos período, você pagará R$ 13,6 mil pelo empréstimo.

Essa é a modalidade usada para cobrança de impostos atrasados, compras no crediário e alguns financiamentos. Ela se destaca pelo crescimento estável.

Juros compostos

Por sua vez, os juros compostos são adicionados aos juros de períodos anteriores. Vem daí o apelido de “juros sobre juros”.

Nesse caso, em vez de subir de maneira linear, a quantia cresce exponencialmente. O exemplo ilustrativo vai facilitar a compreensão.

Digamos que você resolva aplicar R$ 10 mil num fundo com rendimento de 12% ao ano. Os valores são os mesmos da situação anterior, né? Porém, os resultados serão diferentes.

No primeiro ano, você terá um acréscimo de R$ 1,2 mil sobre o montante inicial. Seu dinheiro guardado chegará a R$ 11,2 mil.

No segundo ano, o cálculo dos juros compostos é feito sobre a quantia atual, isto é, 12% de R$ 11,2 mil. Dá R$ 1.344 a mais. O mesmo se repete nos períodos seguintes.

Após três anos, a quantia final será de R$ 14.049,28 por causa dos juros compostos – bem mais que os R$ 13,6 mil dos juros simples. Percebe a diferença?

Juros no dia a dia

Com base no que observamos até aqui, podemos definir uma regra de ouro para juros simples e juros compostos. Seria mais ou menos assim: quando você tiver que assumir dívidas, recorra aos juros simples, que são fáceis de administrar. Para investimentos financeiros, prefira os juros compostos, que vão multiplicar sua renda ao longo do tempo.

É importante entender essa diferença para não sair no prejuízo. Afinal, como visto nos exemplos acima, a alteração na fórmula dos juros pode causar mudanças significativas na quantia final.

Se você precisa recorrer a um empréstimo, o ideal seria escolher uma linha de crédito com taxa de juros simples. Só que a maioria das financeiras trabalha com juros compostos, fazendo a dívida crescer rapidamente.

Diante dessa realidade, é necessário pesquisar as opções com juros mais baixos. Também vale a pena ler cada cláusula do contrato com bastante atenção, especialmente as que dizem respeito à cobrança propriamente dita. Aproveite para fazer o cálculo e simular o valor das parcelas, verificando se os pagamentos mensais caberão no seu bolso (e se a soma final não será exorbitante).

Já para uma situação de investimento em renda fixa, por exemplo, os juros compostos tornam-se um grande aliado. Isso porque, quanto mais tempo seu dinheiro ficar parado, mais juros incidirão sobre os juros anteriores. Essa é uma estratégia inteligente para quem quer ampliar o patrimônio financeiro.

Organize sua vida financeira

Aqui vai uma última dica. Caso as contas estejam muito apertadas e você não consiga honrar com todos os compromissos financeiros do mês, priorize o pagamento das dívidas com taxas de juros mais altas. Geralmente, são as do cartão de crédito. Quem entra no rotativo sabe muito bem como é difícil sair…

De qualquer modo, essa é uma decisão extrema. Melhor não chegar a tal ponto. Mantendo um comportamento de consumo saudável, você sempre terá dinheiro para bancar as despesas.

Continue acompanhando nosso blog para aprimorar suas noções de educação financeira. Neste espaço, nós sempre trazemos novidades sobre controle de gastos, economia e investimentos pessoais, tudo de um jeito descomplicado.

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