Empreendedorismo na longevidade: maturidade e estabilidade financeira que geram resultados
Você já ouviu falar em “Economia da longevidade”? Nos últimos anos, esse termo ainda pouco conhecido tem ganhado força, sendo comumente usado para abordar o enorme potencial do mercado de consumidores com mais de 50 anos.
Estamos vivendo cada vez mais, a expectativa de vida que antes era mais baixa está sendo ampliada. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2018, os homens brasileiros têm expectativa de vida de 76,3 anos e as mulheres 79,9 anos. É relevante destacar que as pessoas estão vivendo mais e adquirindo hábitos mais saudáveis. Isso significa que, à medida que a população de idosos aumenta, cresce também um grupo de consumidores, trabalhadores e empreendedores.
Após anos árduos de trabalho, a tendência é que pessoas com mais de 50 anos de idade já possuem uma estabilidade financeira, maior patrimônio, tendo suas dívidas como casa e carro próprio quitados, com um plano de estabilidade posto em prática. O grupo tem um papel fundamental para o desenvolvimento econômico na sociedade e participa ativamente no desenvolvimento da economia global.
Adesão à tecnologia
Foi e ainda é desafiador para muitos idosos a adesão das ferramentas de comunicação online. Porém, com o passar dos anos, a inclusão na internet se tornou uma realidade na vida de pessoas da terceira idade. De acordo com dados do IBGE, em 2017 31% dos idosos já estavam conectados. Os dados mostram que 19 milhões (cerca de 63%) dos idosos têm celular, e cerca de 7,3 milhões estão conectados a uma rede social.
Dessa forma, começam a se inserir no mercado online onde aprendem a fazer uso das redes para investir e divulgar seu próprio negócio. De acordo com uma publicação feita pelo SEBRAE, pessoas com mais de 60 anos possuem características ideais para o empreendedorismo. Por terem experiência e maturidade, costumam ser um público mais exigente, e que têm menos medo de investir.
Empreender depois dos 60
Microempreendedor individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser MEI, o faturamento máximo não deve ultrapassar R$ 81 mil ao ano e o pretendente não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular.
A necessidade e oportunidade são os principais fatores que fazem com que alguns idosos saiam da sua zona de conforto para investir em um empreendimento. Ao dar o pontapé inicial no próprio empreendimento, o Microempreendedor Individual (MEI) da terceira idade conta com experiência e maturidade profissional para investir e tirar o projeto do papel sem medo.
O desemprego tem sido um fator de peso na vida de diversos idosos, e a falta de oportunidades no mercado de trabalho tem feito com que pessoas da terceira idade comecem a investir no próprio negócio como uma forma de complementar a renda. Para outros, é a possibilidade de realizar um sonho.
E caso não possua margem financeira suficiente para investir, é possível buscar por linhas de crédito. Instituições financeiras como as cooperativas de crédito possuem incentivos com condições facilitadas para que os empreendedores possam realizar os investimentos que precisam e organizar as finanças do seu negócio.