Dados da inflação em 2022: como a alta impacta seu bolso
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A inflação de 2022 segue alta. De acordo com o levantamento mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em agosto, o acumulado dos últimos 12 meses é de 8,73%.
Na prática, isso significa que o preço dos produtos e serviços vem aumentando. Assim, fica mais caro bancar algumas despesas básicas do dia a dia. Continue conosco para entender melhor como a inflação impacta o seu bolso.
Índice
O que é inflação?
A inflação caracteriza o aumento dos preços de produtos e serviços em um país. Ela acontece devido a diversos fatores, como maior demanda de consumo ou mesmo o custo da matéria-prima.
Por exemplo, digamos que a safra de algodão tenha sido ruim. Isso pode diminuir a quantidade de tecido disponível para confeccionar roupas. Porém, as pessoas continuam procurando novas peças nas lojas. Nesse caso, como há escassez no mercado, a tendência é que os valores subam.
Claro que não se trata de um fenômeno uniforme. A variação pode ser mais forte em alguns setores específicos da economia. Por isso, existem diferentes índices para calcular os percentuais de inflação no Brasil.
Ocorre que, nos últimos anos, o salário-mínimo não tem acompanhado essa rota ascendente. O custo de vida da população aumenta, mas a renda das famílias continua no mesmo patamar.
A consequência é a redução no poder de compra. Em outras palavras, está mais difícil arcar até mesmo com as despesas básicas.
Quais são os índices de inflação no Brasil?
Você já deve ter visto siglas como IPCA, IGP-M e INPC no noticiário. Esses são alguns dos índices de preços que ajudam a entender a inflação no nosso país. Confira, abaixo, uma lista com os principais:
IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
O IPCA considera a variação dos preços de mais de 430 mil produtos. A pesquisa é realizada pelo IBGE mensalmente, em pontos de venda de diversas capitais e regiões metropolitanas.
Devido à amplitude, esse é considerado o índice oficial da inflação no Brasil, já que traça um panorama da realidade em diferentes regiões.
INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor
A lógica do INPC é parecida, mas aponta especificamente o custo médio de vida das famílias com renda entre um e cinco salários-mínimos.
Essa é a parcela da sociedade mais sensível à inflação, pois costuma gastar só com itens básicos, como moradia, medicação e transporte. Sendo assim, a alta nos preços terá um impacto mais significativo para essas pessoas.
IPP – Índice de Preços ao Produtor
Esse índice está no âmbito das indústrias extrativas e de transformação. Ele mensura a oscilação dos preços de venda recebidos pelos produtores de bens e serviços.
Portanto, sinaliza tendências inflacionárias que podem incidir sobre outras áreas do mercado. Afinal, se o custo sobe nas fábricas, em algum momento a conta chega aos consumidores.
IGP-M – Índice Geral de Preços – Mercado
Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M engloba preços praticados na construção civil, em atacados e em alguns outros setores da economia. Ele é usado como base em contratos de aluguel e seguros de saúde, por exemplo.
Em 2021, o aumento foi de 17,78%, bem acima da inflação oficial. É por esse motivo que alguns convênios privados estão tão caros.
Inflação 2022 – qual é o impacto no bolso das pessoas?
Inflação alta traz consequências importantes para o público. Os preços ficam salgados, o orçamento familiar aperta e até mesmo a possibilidade de obter empréstimos fica mais remota. Isso porque, na tentativa de frear o consumo e baratear custos, o Banco Central eleva a taxa Selic, a taxa básica dos juros. Essa medida acaba encarecendo a oferta de crédito.
No último ano, as dinâmicas da economia foram nítidas para a população. Embora a meta do Banco Central fosse manter o aumento do IPCA entre 2,5% e 5,25%, o acumulado da inflação em 2021 ultrapassou os dois dígitos, atingindo 10,06%.
De acordo com o BC, a explicação estava relacionada à alta do dólar e das commodities que têm cotação internacional, como minério e petróleo. Isso elevou o valor dos combustíveis – apenas a gasolina acumulou 47,49% de reajuste.
Como consequência, houve subida nos preços dos automóveis (15,05%), das passagens aéreas (17,59%) e do transporte por aplicativo (33,75%).
Outra vilã foi a crise energética em decorrência da estiagem. Com a conta de energia elétrica nas alturas, as despesas com habitação dispararam. Juntos, transporte, moradia e alimentação corresponderam a cerca de 79% do IPCA de 2021.
Esse cenário evidencia a importância da educação financeira nos lares brasileiros. Organizando o orçamento pessoal e evitando gastos desnecessários, você consegue economizar dinheiro, o que ajuda a amenizar o impacto da inflação. Confira algumas dicas no artigo abaixo.
Veja também: 5 dicas para se proteger da inflação
Dados da inflação 2022
Segundo o IBGE, a inflação 2022 acumulou alta de 4,39% entre janeiro e agosto. Isso significa que, se um produto custava R$ 100 no início do ano, agora seriam necessários R$ 104,39 para adquiri-lo.
No entanto, perceba o comparativo com o mesmo período do ano passado. Entre janeiro e agosto de 2021, a alta do IPCA foi de 5,67%.
Em outras palavras, os preços continuam caros, mas não estão subindo num ritmo tão acelerado. De fato, tanto o IPCA quanto o INPC registraram ligeira queda em agosto de 2022 (-0,36% e -0,31%, respectivamente).
Quais são as previsões da inflação para os próximos meses?
O Banco Central projeta uma taxa de 5,8% para o IPCA de 2022. Essa previsão foi divulgada no último Relatório Trimestral de Inflação, no fim de setembro.
Na edição anterior do relatório, publicada em junho, o índice previsto era de 8,8%. Porém, a autoridade monetária revisou os dados para baixo.
E por que houve essa alteração? Conforme o BC, a explicação está na desoneração de impostos sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. Só que, apesar dos preços reduzidos, ainda há grandes chances de a inflação ficar acima da meta.
Quais são as metas de inflação em 2022?
A meta central da inflação 2022 é de 3,5%, podendo chegar até 5%. Esses são os índices definidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para o país ficar dentro da margem, é necessário tomar algumas medidas. Uma delas consiste em elevar ou manter a taxa básica dos juros para desestimular o consumo e forçar uma queda ainda mais acentuada dos preços.
Por ora, a Selic está em 13,75% ao ano. No entanto, caso a desinflação não ocorra como esperado, é possível que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC eleve os juros mais um pouco até o fim de 2022.
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Diante de um cenário que ainda sente os efeitos da crise, é importante se blindar contra a inflação. Você deve fazer um planejamento financeiro, avaliando os gastos pessoais e criando o hábito de poupar dinheiro para emergências.
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