Diversidade e inclusão social: vamos falar sobre isso?
Se preferir, ouça a narração deste artigo:
A construção de uma sociedade mais justa depende de todos nós. Por isso, as ações de diversidade e inclusão social vêm crescendo no mundo corporativo. Elas são um movimento consciente para gerar oportunidades a quem precisa. E, no fim das contas, todo mundo sai ganhando. Continue conosco para entender por quê.
Índice
Entenda o que significa diversidade
Nenhuma pessoa é igual à outra. Embora todo mundo tenha os mesmos direitos perante a lei, cada indivíduo vive a própria história e constitui uma identidade única. É de se esperar, portanto, que existam diferenças entre os cidadãos.
Essa pluralidade está marcada por muitos fatores. Há sujeitos de variados gêneros, etnias, orientações sexuais, origens geográficas e vivências socioculturais. Quem nasceu e cresceu no oeste de Santa Catarina, por exemplo, certamente terá um sotaque diferente de quem mora no norte do Piauí. É provável, ainda, que as visões de mundo desses dois sejam um pouco distintas.
A diversidade está relacionada justamente a essas questões. Trata-se de reconhecer as diferenças entre as pessoas e, mais que isso, acolhê-las.
Nas instituições públicas e privadas, uma política de diversidade é aquela que abre espaço para todos os grupos. Quando uma empresa recruta talentos vindos de outros lugares, ou que passaram por experiências de vida variadas, ela forma uma equipe múltipla. O resultado é que os colaboradores aprendem uns com os outros, trocam ideias e crescem juntos.
Inclusão social: o que é e para que serve?
Perceber a diversidade social também é admitir que existe desigualdade no mundo. Afinal, alguns públicos têm mais dificuldade para estudar, ou então sofrem discriminação para alcançar um posto de trabalho.
Diante disso, é importante pensar em estratégias de inclusão. Estamos falando de um tratamento justo e igualitário para qualquer pessoa.
Como as vivências são múltiplas, só é possível alcançar a igualdade quando derrubamos as barreiras e oferecemos novas oportunidades a quem precisa. Para isso, deve-se observar as necessidades específicas de um indivíduo.
Usemos o exemplo da deficiência visual. Uma pessoa cega pode ser totalmente capaz de exercer um cargo administrativo. Porém, ela demanda um software leitor de tela para usar o computador. Nesse caso, cabe à empresa adaptar a tecnologia para incorporar o profissional ao quadro de funcionários.
Outra situação é a das pessoas trans. Muitas delas têm a qualificação exigida para a vaga. Só que, ao chegar à firma, encontram um ambiente hostil e sofrem preconceito dos colegas. Ou seja: não foram incluídas, pois não foram compreendidas.
No Brasil, a inclusão social acontece principalmente devido a políticas públicas. Existem leis para proteger os direitos de grupos minoritários ou que foram excluídos das posições de liderança ao longo da História, como mulheres, população negra, pessoas com deficiência e membros da comunidade LGBTQIA+.
Na legislação, o Estatuto da Pessoa com Deficiência fortaleceu a exigência de recursos de acessibilidade, como rampas e piso tátil, para garantir a autonomia de quem tem uma necessidade específica. Já as políticas de cotas raciais, em universidades e empresas, abriram portas para se atingir maior diversidade nesses locais.
A importância da diversidade e da inclusão nas organizações
As estratégias de diversidade e inclusão oferecem condições para que todo mundo tenha chance de desenvolver habilidades.
Assim, mais gente consegue contribuir para o sucesso de uma organização. Longe de ser benfeitoria ou caridade, essa é uma postura séria, e que traz benefícios para todos os envolvidos.
Estudos apontam que ambientes de trabalho diversos são mais inovadores e criativos. Fácil entender por quê: diferentes vivências significam diferentes perspectivas, o que leva a formas novas de encarar um desafio e buscar soluções. Isso aumenta a produtividade.
Além do mais, o clima organizacional melhora. É que a convivência com colegas que têm outras trajetórias pode mudar nosso jeito de pensar. A consequência é um maior respeito às diferenças, diminuindo atritos ou falhas de comunicação entre as equipes.
As empresas brasileiras sabem disso. Segundo levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 87% têm o desejo de ser reconhecidas por valorizar a diversidade. No entanto, apenas 60% desenvolvem programas de inclusão.
Resumindo, o discurso de tolerância deve vir acompanhado de medidas práticas. Aqui vão alguns exemplos:
– Conduzir treinamentos e debates sobre diversidade e inclusão;
– Estimular a contratação de mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência;
– Fomentar cursos de capacitação para jovens em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de retenção desses futuros talentos;
– Realizar campanhas de combate à discriminação e ao preconceito;
– Instituir um canal de denúncias para casos de racismo, homofobia e outras formas de intolerância dentro do local de trabalho.
Como a diversidade e inclusão impactam as empresas?
Diversidade e inclusão são, cada vez mais, valores estratégicos para as empresas que buscam melhorar o relacionamento com suas equipes, aumentar sua produtividade e alcançar diferencial competitivo no mercado.
E para além dos benefícios que já citamos aqui, como inovação, equipes mais plurais e melhoria no clima organizacional, podemos destacar ainda outros impactos positivos que esses conceitos promovem nas instituições. Confira!
Engajamento dos colaboradores
Ambientes mais diversos e inclusivos contribuem para que as pessoas se sintam valorizadas e parte da organização. Com equipes mais engajadas, ganha-se também em produtividade e qualidade no trabalho.
Além disso, pesquisas mostram que a inclusão é um elemento imprescindível para a atração e retenção de talentos, reduzindo o turnover nas empresas.
Bem-estar e qualidade de vida das equipes
Quando uma empresa investe em práticas de diversidade e inclusão, ela promove também outros valores, tais como cooperação, confiança, ética, respeito, segurança e satisfação. E esse conjunto de atributos resulta em melhorias no bem-estar e qualidade de vida dos profissionais.
Melhora no desempenho e faturamento da empresa
Equipes mais diversas conseguem compreender os diferentes perfis de público da marca e se comunicar melhor com cada um deles.
Com isso, a organização consegue proporcionar uma boa experiência para os consumidores, o que, em consequência, se reflete na fidelização dos clientes e prosperidade dos negócios.
Como adotar práticas de diversidade e inclusão em uma empresa?
Até aqui nós vimos que os ideais de diversidade e inclusão devem vir acompanhados de ações efetivas nas organizações. Listamos inclusive alguns exemplos de práticas que podem ser realizadas, como debates sobre a temática e cursos de capacitação. Mas por onde começar?
O primeiro passo para tornar a sua organização mais diversa e inclusiva é analisar o quadro de colaboradores. Avalie como as equipes são compostas e quais são as possibilidades de contar com times mais plurais. Se necessário, estabeleça novos critérios e processos no recrutamento de talentos.
Outra ação válida é realizar pesquisas internas para fazer um diagnóstico de como a temática é percebida pelas equipes. Dessa análise podem inclusive surgir ideias de ações para a empresa.
Aliás, o engajamento dos líderes é essencial para a adoção dessas práticas na empresa. Conscientize-os sobre a importância dos valores para a companhia, estabeleça políticas de atuação, busque o comprometimento. Afinal, as lideranças são exemplo para toda a equipe.
Se possível, organize também um grupo para debater e planejar práticas de diversidade e inclusão. Cuide apenas para que a área tenha o espaço e as ferramentas necessárias para que os valores sejam priorizados na organização.
Vale lembrar da importância da comunicação para engajar as equipes nas práticas de diversidade e inclusão. Use os canais de comunicação interna para propagar as ações e incentivar a sua adesão pelos colaboradores.
Algumas campanhas podem inclusive ser divulgadas para o público externo. Avalie com seu time de marketing quando e como fazer essa comunicação para clientes e parceiros.
A adesão aos valores da diversidade e inclusão passa por uma mudança na cultura organizacional. Por essa razão, depois de definir e implementar boas práticas, é importante também acompanhar os resultados e refletir o que ainda pode ser feito ou melhorado.
O caminho para uma sociedade mais justa
Um dos princípios do cooperativismo diz respeito à adesão livre e voluntária. Em associações dessa natureza, toda pessoa é bem-vinda, sem discriminação de gênero, social, racial, política ou religiosa. Por isso, nós, da Cresol, acreditamos que ações de diversidade e inclusão são essenciais para uma sociedade mais justa.
E o nosso trabalho começa com nossas equipes. O Comitê de Diversidade é uma das ações que realizamos para impulsionar esses valores internamente. Com a participação de colaboradores do sistema, o projeto busca fomentar práticas para tornar o ambiente de trabalho cada vez mais inclusivo e para todos.
Continue acompanhando nosso blog para outras informações sobre cultura organizacional e cooperativismo. Até a próxima!
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