Qual a diferença entre um banco e uma cooperativa de crédito?

Qual a diferença entre um banco e uma cooperativa de crédito?

Tempo de Leitura: 3 minutos

Muito além da nomenclatura, a diferença entre um banco e uma cooperativa de crédito está na forma como cada uma dessas instituições conduzem seus negócios.
Em nome de fazer as melhores escolhas para sua vida financeira, conheça quais as principais semelhanças e diferenças entre elas.

O que muda?

1. No banco você é o cliente, na cooperativa, você é dono.

Uma das principais diferenças entre um banco e uma cooperativa está na formação básica dessas instituições. Enquanto o banco é uma sociedade de capital que tem por objetivo principal gerar lucros; uma cooperativa de crédito é uma organização de pessoas, que visa o crescimento do grupo, de forma mútua.
No banco você é chamado de cliente, e tem que optar por um dos pacotes de produtos e serviços que ele oferece, sem muita margem para ajustes de acordo com a sua necessidade.
Já na cooperativa você é dono do negócio e, independente do valor de cota capital investido, todo associado tem direito a opinar sobre as decisões a serem tomadas. Dessa forma, a Cooperativa garante produtos, serviços e operações que sejam vantajosas a seus associados. 

2. O seu banco já repartiu o lucro dele com você?

Quando foi a última vez que seu banco repartiu com você o lucro que ele obteve durante o ano? Essa é uma das maiores diferenças entre um banco e uma cooperativa. O banco tem um grupo de acionistas como donos e seu objetivo é gerar lucro para esse pequeno conjunto de pessoas. Prestar serviços financeiros é um meio para acumular mais dinheiro para seus acionistas.
Já na cooperativa todo associado é dono de um pedacinho da instituição e o objetivo final é que todos possam crescer juntos, com a colaboração um do outro. Ao escolher ingressar em uma cooperativa, você entra com uma Cota Capital, essa cota é sua forma de ‘comprar’ um pedaço da cooperativa, que passa a ser sua também. E quando o saldo da cooperativa termina o ano no azul, o valor é repartido proporcionalmente entre todos os donos, ou seja, todos os associados ganham. 

3. Sua instituição financeira apoia projetos aí no seu município?

Você já parou para pensar: para onde vai o seu dinheiro? Quando você decide guardar uma parcela da sua renda, já considerou o que sua instituição financeira faz com esse valor que você está entregando a ela na forma de investimento?
Dentro do sistema cooperativo, as estruturas são formadas para que esse dinheiro fique no seu município, seja reinvestido no campo, no comércio e na indústria local, fomentando o desenvolvimento da região.
Nos bancos, entretanto, esse sistema não existe, o dinheiro que você deixa lá é aplicado onde vai gerar mais lucro, sem considerar os retornos ou consequências para a comunidade local.

O que não muda?

1. Livre adesão

Muitas pessoas acreditam que as Cooperativas só oferecem atendimento a uma classe ou associação (professores, agricultores, produtores) e por muito tempo isso foi verdade, mas hoje não é mais. Algumas cooperativas, como as de produção, por exemplo, continuam focadas em um nicho, sendo ideal consultar o estatuto de cada cooperativa para saber quem ela pode associar. Mas, em geral, as cooperativas de crédito estão abertas para qualquer pessoa ou empresa.
Esse processo seria o equivalente a abrir uma conta ou começar um relacionamento com um banco.

2. Produtos e serviços

Conta corrente, cartões de crédito e débito, seguro, transações, empréstimo, cheque, aplicações financeiras e muito mais. Os produtos e serviços são os mesmos para cooperativas de crédito e bancos, o que muda, no geral, é que as cooperativas, devido a sua natureza, tendem a oferecer taxas de juros mais atrativas.

3. Garantias e regulações

Todas as instituições financeiras operando em território nacional são reguladas pelo Banco Central e apesar das regras serem diferentes para bancos e cooperativas, as regulações existem em ambos os casos.
Já quanto as garantias para investimentos, os bancos são assegurados pelo FGC, o Fundo Garantidor de Crédito. Enquanto as cooperativas de crédito têm uma garantia equivalente, o FGCoop (Fundo Garantidor do Cooperativismo).

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