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4 dicas para driblar a inflação no orçamento de casa

Tempo de Leitura: 4 minutos

A inflação oficial do Brasil está alta. Em março de 2022, o acumulado dos 12 meses anteriores chegou a 11,30%, segundo o IBGE. Isso significa que produtos e serviços vão ficando mais caros, comprometendo o orçamento de quem continua ganhando o salário de sempre.

Diante desse cenário de crise, é importante conhecer medidas para controlar as despesas domésticas. O artigo de hoje vai ajudar você nesse sentido. Continue conosco para entender melhor o que é a inflação, como ela impacta seu dia a dia e como fazer o seu dinheiro render mais.

Entenda o que é inflação

Inflação é a subida de preços, tanto dos serviços quanto dos bens de consumo. Ela reflete os ciclos da economia, sendo influenciada por diferentes fatores.

O aumento da demanda por um produto pode gerar inflação. Se os fabricantes não derem conta de atender a todos os pedidos, haverá escassez no mercado e os preços vão subir.

Aliás, os custos de produção também interferem no eventual reajuste. Quando o trigo está caro, por exemplo, o impacto se estende a todos os alimentos à base de farinha, o que acaba pesando no bolso do consumidor final.

Mas é claro que essas variações não são uniformes. Alguns setores da economia oscilam mais que outros. Por isso, existem diferentes bases de cálculo.

A inflação oficial do país é medida pelo Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA). Todos os meses, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) compara 430 mil preços em 30 mil pontos de venda. A variação para cima indica que determinado produto inflacionou.

Já o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) é um indicador usado para calcular o valor de aluguéis, entre outras despesas. Ele é compilado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que considera os preços praticados em setores como educação, habitação, varejo e construção civil. Em agosto de 2021, o IGP-M acumulado dos últimos 12 meses era de 31,12%.

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4 dicas para se proteger da inflação

Num mundo ideal, a renda das famílias deveria acompanhar a inflação. Havendo um acumulado de 5% no ano, o salário também subiria 5%, o que ajudaria a manter o poder de compra.

Porém, essa não é a realidade de muitos brasileiros. Quando a renda das pessoas perde para a inflação, significa que elas precisam gastar mais dinheiro para manter o mesmo padrão de vida.

Ou seja: se o seu salário permanece inalterado, o jeito é cortar despesas e economizar. Acompanhe algumas dicas para driblar a inflação:

1. Faça um planejamento financeiro

O planejamento é uma ferramenta que ajuda a organizar as despesas do lar. Basicamente, você deve registrar numa planilha as suas movimentações financeiras.

Anote todos os gastos, desde os fixos (condomínio, plano de internet, escola dos filhos, etc) até os variáveis (contas de luz e água, supermercado, etc). A ideia é entender não só quanto você gasta, mas também como gasta – isto é, seus hábitos de consumo.

Um ponto importante do planejamento das finanças é que você nunca deve gastar mais do que arrecada. Seu padrão de vida deve ser compatível com o orçamento disponível. Se as contas não batem, é hora de reduzir os gastos.

2. Controle o consumo

Ainda dentro da lógica do planejamento financeiro, você pode estabelecer metas. Que tal diminuir as despesas em 20%? Para isso, vale cortar algum serviço supérfluo, como o pacote completo da TV por assinatura. Talvez o básico já satisfaça as suas necessidades, né? Outras sugestões incluem:

  • Pesquisar os preços em vários supermercados na hora das compras;
  • Fazer uma lista antes de sair de casa para adquirir apenas o que estiver faltando na despensa;
  • Evitar as idas a restaurantes e os pedidos de delivery, pois geralmente saem mais caros que cozinhar em casa;
  • Desligar da tomada os aparelhos eletrônicos que não estiverem em uso;
  • Fechar a torneira ao lavar a louça ou escovar os dentes.

3. Monte uma reserva de emergência

O próximo passo para fugir da inflação é juntar dinheiro. Assim, nos momentos de aperto, você sempre terá uma graninha extra à qual recorrer.

Os especialistas em educação financeira sugerem que a reserva de emergência tenha o equivalente a seis meses de salário ou mais. Obviamente, não dá para acumular essa soma de uma vez só. Ainda assim, é preciso começar de alguma forma.

Com o controle de despesas descrito no tópico anterior, a tendência é que sobre algum dinheirinho no fim do mês. Então, basta guardá-lo na poupança ou em outro fundo com liquidez imediata (que permita saques a qualquer momento).

Toda quantia vale, por mais modesta que seja. O importante é criar o hábito de poupar.

Quer um truque para guardar grana mais rapidamente? Então faça de conta que a reserva financeira é uma despesa obrigatória, como o boleto de internet ou o aluguel. Separe um valor fixo e transfira-o para a poupança tão logo você receber seu salário, evitando a tentação de gastar com outras coisas.

4. Invista de forma segura

Finalmente, chega o momento de fazer seu patrimônio render. Pegue parte de suas economias e deposite-as numa aplicação rentável.

Esse tipo de produto financeiro funciona como um empréstimo a juros. Você entrega seu dinheiro à instituição e ela devolve, após um prazo preestabelecido, com a correção dos valores.

Para elevar seu poder de compra, escolha títulos indexados pela inflação. O Tesouro IPCA, por exemplo, tem correção monetária sobre o índice de preços do IBGE. Desse modo, sempre renderá acima da inflação oficial.

Por sua vez, algumas Letras de Crédito Imobiliário (LCI) são indexadas pelo IGP-M, entregando ótimos rendimentos. Contudo, lembre-se de verificar se há cobrança de taxas, já que algumas delas “comem” o lucro real.

Aproveite que chegou até aqui e continue acompanhando os conteúdos do blog. Temos outros artigos para você se informar e falar abertamente de dinheiro em casa. Quanto menos esse assunto for tabu, mais chances vocês terão de prosperar!

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