Destemidas

Destemidas

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Mulheres que inspiram, transformam e compartilham

Ser mulher é ser livre, ter força, coragem, empatia e tantos outros adjetivos que poderíamos elencar, mas uma palavra representa muito bem esse gênero: (re)existência. Esse, é sem dúvidas, o fator chave na luta para sobreviver ao machismo que tenta silenciar as mulheres. 

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a Cresol convidou associadas das mais variadas idades, profissões, classes sociais, estado civil e etnias, para falarem um pouco sobre seu lugar no mundo.

Idegene: uma mulher dona de si e do seu destino

Dona Idegene sempre gostou de aprender. Na juventude, quando concluiu o ensino médio, prestou vestibular para ingressar na tão sonhada faculdade. Ela foi aprovada, porém seus pais não tinham condições para mantê-la estudando. Mas isso não a abateu, pelo contrário, serviu como combustível para ir em busca de outra realização, construir uma família. Logo ela encontrou seu Amauri Perin com quem se casou. Ao lado do amado, Idegene realizou o sonho de ser mãe e com o passar do tempo voltou-se à família e ao trabalho na lavoura.

#ParaTodosVerem: Idegene e seu Amauri estão abraçados e sorrindo.

Aos 55 anos, dona Idegene Maria Perin mora em Jacutinga-SC, é mãe, esposa, agricultora e uma grande lutadora. Em junho de 2015, ela recebeu o diagnóstico de câncer de mama. “Apareceu um caroço, esperei dois dias, não melhorou, fiz exames, aí fiz uma biópsia e apareceu o câncer”, recorda. O apoio da família e dos amigos fez com que ela não desanimasse, mas foi o desejo de ver os filhos estudando e formando família que a motivou. “Eu só pensava isso: não quero morrer agora, quero vê-los bem, formados, ganhando seu próprio dinheiro. Aquilo me ajudou a seguir em frente. Se não fosse pelos meus filhos, eu não sei o que seria de mim”, relata.

#ParaTodosVerem: Idegene sorri e posa para foto com uma orquídea branca com marcas rosadas.

Em meio a jornada da vida, dona Idegene aprendeu que a mulher é tão capaz quanto um homem para desempenhar qualquer função, basta ser qualificada, habilidosa e competente. Mas ela compreende que o mercado de trabalho não é assim para todo mundo e por isso, reconhece a importância do movimento feminista no combate ao machismo que reprime, subte e mata mulheres todos os dias. “A gente precisa lutar para acabar com toda essa desigualdade, essa é uma revolução necessária para o mundo. Com a união e informação, aos poucos vamos criando vozes e mudando toda essa situação”, declara.

Neste mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, o conselho da dona Idegene para um mundo mais empático é o autoconhecimento. “Procure conhecer-se primeiro, ir a fundo na sua luta de autoconhecimento, evite julgar para não ser julgada, respeite o próximo e principalmente, não desista de quem você é e do que você busca”, finaliza.

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